Receita Natural

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Plantas e Ervas ajudando em sua Saúde

Alecrim-pimenta e suas Propriedades Medicinais

O Alecrim-pimenta, de nome científico Lippia sidoides Cham., é uma planta pertencente à família Verbenaceae. É um arbusto silvestre, originário do nordeste do Brasil. Esta planta pode chegar a até os três metros de altura, e se desenvolve bem em terrenos secos, como é o solo nordestino.  Este vegetal possui propriedades medicinais comprovadas, e é muito utilizado na indústria farmacêutica.

Usado externamente, em compressas e óleos, possui propriedades antimicrobianas e anti-sépticas. O Alecrim-pimenta combate a acne, aftas, caspa e piolhos, fungos, impingem, inflamação na boca e garganta, diminui o cheiro dos pés e axilas, reduz o pano-branco e a sarna-infecciosa.

Benefícios do Alecrim-pimenta

O Alecrim-pimenta é uma planta brasileira, que advém do nordeste do país. Pode ser chamada também, popularmente, de Alecrim-grande e Estrepa-cavalo. Como dito, o Alecrim-pimenta é anti-séptico, auxilia contra aftas e outras inflamações na boca ou garganta, diminui a ocorrência de acnes, caspas e odores fortes nos pés e axila. Ademais, a planta mata bactérias, fungos e sarnas.

O Alecrim-pimenta possui triterpenos, flavonoides, glocosílados, lignanas, quinonas, ácidos orgânicos e esteróis livres e também carvacrol e timol, uma das melhores substâncias antissépticas do mundo. Sua ação antimicrobiana que combate fungos, bactérias, também mata as larvas do mosquito da dengue.

A planta também inibe o crescimento da bactéria Listeria monocytogenes, que provoca a doença chamada listeriose. Esta doença causa infecções, entre elas a gastroenterite, que é transmitida por consumo de alimentos contaminados com a bactéria. Mulheres grávidas podem ter aborto se infectadas pela doença.

O alecrim pimenta é um poderoso antisséptico e antimicrobiano

Segundo a pesquisadora Fernanda Barbosa dos Reis, segundo um artigo divulgado pela USP, “A Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] estabelece limites para a ocorrência de alguns microrganismos em alimentos; mas no caso de Listeria monocytogenes não há consenso sobre o limite máximo confiável. Nossa legislação estabelece ausência desta bactéria apenas para queijos de alta umidade, mas outros alimentos também apresentam potencial de contaminação, como, por exemplo, os pescados minimamente processados. Uma vez detectada a L. monocytogenes, mesmo em populações mínimas, o alimento deve ser descartado”,

E, ainda, a pesquisadora estudou como o extrato de Alecrim-pimenta afeta a bactéria, utilizando testes com o filé de surubim defumado, além de dois caldos de peixe. E, os resultados foram que “De modo geral, os resultados indicaram que as amostras em que foi adicionado o alecrim pimenta sozinho apresentaram um efeito inibitório maior do crescimento de Listeria, mostrando que há potencial para o extrato da planta ser usada como um antimicrobiano frente a esta bactéria”.

Além de servir para infeções da boca e garganta, o alecrim pimenta também previne cáries. Para este fim, pode ser utilizado o chá ou tintura diluída, em forma de gargarejo ou bochecho.

O alecrim pimenta pode ser usada para combater a indigestão frequente, e febres como a tifoide e intermitente. A planta também serve como relaxante muscular por ser aromática, carminativa e desinfetante. Isto alivia o estresse, cansaço e ativa a memória.

Também é excelente para tratar alergias, coceiras, rinite e a sensibilidade nas vias aéreas por mudanças bruscas no clima. Pode-se fazer a lavagem nasal com o chá ou realizar a aromaterapia de forma constante e regular.

O alecrim pimenta também combate dores de cabeça, esgotamento nervoso e enxaqueca. A planta também proporciona uma boa digestão, melhora o fluxo do sistema sanguíneo e aumenta os níveis de energia para quem tem pressão baixa ou está com falta de apetite.

A planta, quando canforada, é excelente para melhorar a memória e como já mencionado, é um excelente expectorante e analgésico. O óleo resina do alecrim pimenta é um poderoso antioxidante e regenerativo do fígado.

O Alecrim-pimenta é utilizado em igrejas e templos. Na igreja ortodoxa grega, ele e utilizado em forma de óleo para unção. No cultos da religião afro, umbanda e candomblé, o alecrim pimenta é usado como incenso e para banhos.

Ainda, o Ministério da Saúde realizou pesquisas em relação ao Alecrim-pimenta, e publicou um artigo que determina que “Por vezes é relatada a atividade dos derivados vegetais de L. sidoides em associação com fármacos de referência, causando um aumento na atividade dos mesmos. É o caso do óleo essencial e do timol, os quais reduziram a CIM da gentamicina frente à Klebsiella pneumoniae em 32 vezes e em 4 vezes, frente à Pseudomonas aeruginosa. A CIM da penicilina G foi reduzida de 128 µg/ mL para 32 e 2 µg/ mL, quando associada ao óleo essencial e ao timol, respectivamente.”

Não há contra-indicações catalogadas do alecrim pimenta mas um cuidado importante é não engolir durante bochecho ou gargarejo e evitar a inalação.